Dia do Correio
Desde
os tempos remotos as pessoas já trocavam informações, com a escrita as
pessoas passaram a intercambiar recados, notas, bilhetes e
principalmente cartas para longas distâncias dando origem aos serviços
postais. A instituição da atividade postal regular no Brasil se deu em
25 de janeiro de 1663 quando foi criado os correios-mores do Brasil.
E
somente em 1929 foi elaborado o Código Postal Universal que viria a
legislar e apresentar soluções para os problemas postais modernos, o que
deu início a uma nova era na história dos Correios. No Brasil, no ano
de 1931, foi criado o Departamento de Correios e Telégrafos - o DCT,
subordinado ao Ministério da Viação e Obras Públicas. E no mesmo ano,
criou-se o Correio Aéreo Militar, que deu origem ao Correio Aéreo
Nacional, permitindo a remessa de correspondências a lugares quase
inatingíveis.
A Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos – ECT só foi criada no ano de 1969 na tentativa de
modernizar o serviço postal. Essas mudanças buscavam atender às novas
necessidades de uma clientela que precisava de um serviço mais ágil e
rápido de trocas de correspondências. Assim, a ECT se desenvolveu e
passou a oferecer produtos e serviços que correspondam a realidade e as
necessidades de seus clientes.
E
atualmente existem pelo menos uma agência em todos os 5.561 municípios
brasileiros. Os Correios constitui um importante fator de integração
nacional pela natureza dos serviços que presta, isto é, por proporcionar
trocas tanto entre os grandes centros urbanos, quanto nos lugares os
mais remotos e de difícil acesso. Essa instituição possui uma forte
presença na vida dos brasileiros que contam com 12 mil agências, além de
16.839 pontos de venda de produtos e 25.912 caixas de coleta. A empresa
distribui em cerca de 40 milhões de domicílios e estabelecimentos
comerciais um volume diário de 34 milhões de objetos e correspondências.
No ano de 2001, o total da carga postal foi de mais de 9,5 bilhões e em
2002, de 9,4 bilhões.
Hoje, dentro da realidade de um ambiente globalizado, o correio precisa de um constante aprimoramento da sua capacidade operacional para atender as necessidades e expectativas do mercado brasileiro e internacional, o que exige um grande esforço de modernização da sua infra-estrutura. Assim, a ECT se prepara para assumir uma postura de empresa mista, que conforme um projeto em tramitação no Congresso Nacional, passará a se denominar Correios do Brasil S.A e passará por transformações substanciais para continuar com a sua forte atuação e credibilidade no cenário nacional.
Referências Históricas
Todos os anos, no dia 25 janeiro, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
comemora o Dia do Carteiro.
A data resgata a memória da criação em 25 de janeiro
de 1663 do Correio-Mor no Brasil, cujo primeiro titular foi Luiz Gomes da
Matta Neto, que já era o Correio-Mor do Reino, em Portugal.
Com a sua nomeação, começou a funcionar o Correio no Brasil
como uma organização paraestatal e qualificado para receber
e expedir toda correspondência do Reino.
Em 19 de dezembro do mesmo ano, foi nomeado para o cargo de assistente do Correio-Mor na Capitania
do Rio de Janeiro o alferes João Cavaleiro Cardoso.
Vale observar que a palavra correio também significa carteiro, mensageiro,
embora o serviço de carteiro, tal como conhecemos hoje, somente tenha
tido início, no Brasil, no período da Regência, no século
XIX.
Mesmo com a criação do Correio-Mor no Brasil Colônia,
a entrega das correspondências até meados do século
XIX era muito precária. As pessoas relutavam muito em pagar os serviços
de correios, preferindo usar mão de obra gratuita, como os tropeiros,
os bandeirantes e os escravos.
Na história postal brasileira temos um carteiro que se notabilizou:
Paulo Bregaro, que levou para o príncipe D. Pedro as notícias
de Portugal que ensejaram a Independência do Brasil.
As palavras proferidas pelo Conselheiro José Bonifácio de
Andrada e Silva, ao recomendar pressa na entrega das correspondências,
ainda hoje sintetizam a mística do trabalho responsável do
carteiro: "Arrebente e estafe quantos cavalos necessários, mas
entregue a carta com toda a urgência" - segundo uma versão.
"Se não arrebentar uma dúzia de cavalos, no caminho,
nunca mais será correio; veja o que faz!" - segundo outra.
Por seu feito, Paulo Bregaro é o patrono dos Correios.
Em 1835 o Correio da Corte passou a fazer a entrega de correspondência
a domicílio. Até então, só tinham direito a
essa concessão, pelo Regulamento de 1829, as casas comerciais e os
particulares que pagassem uma contribuição anual (de 10 a
20 mil réis).
Em 1852, o telégrafo foi introduzido no Brasil e as pessoas que
faziam a entrega de telegramas eram chamadas de mensageiros. Carteiro é
a designação privativa dos serviços dos Correios. Hoje,
a palavra carteiro é utilizada indistintamente para a entrega de
cartas e de telegramas.
A Repartição Geral dos Telégrafos era separada do Departamento
de Correios; somente em 1931 é que houve a fusão dos dois
serviços, criando-se o Departamento de Correios e Telégrafos
- DCT.
Em 20 de março de 1969, o antigo DCT foi transformado na Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT.
Os Carteiros nos dias atuais
Para atender a um país com dimensões continentais como o
Brasil, e fazer a entrega dos 8,3 bilhões de objetos por ano, a ECT
possui em seus quadros mais de 56 mil carteiros, o que representa mais da
metade do efetivo da empresa.
Deste total, cerca de 10% são mulheres.
Juntos os carteiros do Brasil percorrem por dia cerca de 397 mil quilômetros,
o equivalente a quase 10 voltas completas ao redor da Terra
Antes de sair às ruas para entregar as correspondências,
os carteiros realizam uma parte do seu trabalho em Centros de Distribuição
Domiciliária (local onde a carga postal é separada por ordem
de ruas e de numeração) e Agências de Correio com distribuição
domiciliária (agências pequenas).
Além da missão de entregar as correspondências, não
raramente o carteiro é um líder comunitário, estando
voltado também para o bem estar da sua comunidade. Esta liderança
é facilmente reconhecida e creditada ao prestígio pessoal
que este dedicado profissional tem perante a sua empresa e sua família.
Os carteiros são também responsáveis pela difusão
de importantes campanhas de conscientização da população
e promoção da cidadania. Podem ser citadas as campanhas já
realizadas de incentivo ao combate à dengue, aleitamento materno,
doação de sangue e de medula óssea.
Atuam, também, em ações para melhoria de suas condições
de trabalho, como na campanha de conscientização para a correta
instalação das caixas de correios, fora do alcance de cães,
para garantir tanto a integridade dos carteiros quanto a dos objetos postais.
Exemplo de ação de caráter social que envolve os carteiros
e que tem tido grande receptividade é o Papai Noel nos Correios.
Desde 1997, quando se transformou em projeto corporativo, passou a ser desenvolvido
em todas as 28 Diretorias Regionais.
Em 2009, dois Estados testaram um novo modelo para o projeto, segundo
o qual só podem participar crianças que cursam até
a última série da 1ª etapa do Ensino Fundamental (ou
seja, até a 4ª série ou 5º ano) de instituições
de ensino públicas (municipais, estaduais ou federais), além
de creches e abrigos. A intenção é contribuir para
o alcance do 2º.
Objetivo de Desenvolvimento do Milênio da ONU – Educação
Básica de Qualidade para Todos. Em 2009, os Correios receberam 1.981.000
cartas, sendo que 21% foram adotadas. O projeto contou com o apoio e a participação
de 3.818 voluntários internos, 669 voluntários externos e
462 parcerias.
Os presentes são entregues por carteiros ou outros empregados dos
Correios em regiões carentes nos grandes centros urbanos.
A propósito da confiança neste profissional, o carteiro -
a face mais visível da empresa - muito contribui para o elevado conceito
que a instituição Correios tem junto à população.
Pesquisas realizadas em média a cada dois anos pela ECT confirmam
esta realidade: os resultados gerais obtidos superam os 90% de confiança
nos Correios.
A profissão de carteiro, inclusive, é a segunda mais confiável
no País e a quarta mais confiável no mundo. Foi o que revelou
uma pesquisa feita no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa e divulgada
em 2009 pelo Jornal Hoje, da Rede Globo. De acordo com a pesquisa, no Brasil
os carteiros têm 90% de confiabilidade, atrás apenas de bombeiros
e na frente de médicos e professores.
No mundo, os carteiros têm a confiança de 81% dos entrevistados,
junto com médicos e atrás de bombeiros e professores.
Muito tem sido falado do carteiro como profissional, mensageiro de boas
e más notícias.
Entretanto, aquele que fielmente cumpre a sua missão, tornando-se
o elo principal entre as pessoas, independentemente da distância,
é, acima de tudo, um admirável ser humano.
Um brasileiro que, como todos os outros, tem alma e coração.
Alma para entender o espírito de seu semelhante e disponibilizar
o ombro amigo no primeiro momento após o recebimento de uma informação
desagradável. Coração para perceber o brilho no olhar
de quem recebe aquela tão esperada notícia de um ente querido.
Os Correios têm no carteiro o seu mais representativo símbolo
de identidade junto à sociedade. É a imagem da empresa que,
juntamente com milhões de correspondências, chega diariamente
aos diversos lares brasileiros.
O carteiro, esta figura simpática que, por passar todos os dias
por nossas casas, é facilmente adotado, involuntariamente, pela família.
Quem já não ouviu a expressão "o meu carteiro"
ou "o carteiro lá de casa"? Esta é a forma como
tratamos o nosso carteiro.
O nosso amigo de todos os dias. Aquele que, faça chuva ou faça
sol, sempre passará pela nossa porta deixando uma mensagem de alguém
que se lembrou de nós.
Para que os carteiros possam desempenhar sua atividade com segurança
e qualidade, os Correios possuem equipes destinadas a pesquisar constantemente
melhorias das condições de trabalho.
Como resultado, há vários anos a ECT fornece aos carteiros
treinamento e equipamentos especiais, como bolsa, calçado, boné,
óculos de sol, protetor solar e uniforme adaptado às condições
climáticas de cada região do País.
Em 2010, os carteiros trocaram as antigas bolsas por um novo modelo, com
garantia de mais comodidade e conforto na entrega das correspondências.
É a primeira bolsa ergonômica de carteiro, resultado de um
estudo técnico cuidadoso da empresa em parceria com a Universidade
Federal de São Carlos (SP).
Os próprios carteiros também participaram do processo, avaliando
este acessório de trabalho e opinando sobre a eficiência dos
diversos protótipos produzidos.
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