20 de mar. de 2014

Cultura

  
Em Touros, também temos ainda as Bandeirinhas, folguedo que as devotas de São João Batista, de São Pedro de Sant'Ana ainda conservam, como no passado, com a graça e o encanto das coisas singelas oriundas do povo. As Bandeirinhas é um folguedo folclórico que se realiza nos meses de junho e julho.
.:: BANDEIRINHAS
(Com mais de um século de existência) formam um grupo folclórico de senhoras idosas genuinamente de Touros. De origem religiosa, consiste em uma saudação a São João, São Pedro e Sant'Ana. A festa atinge seu ponto máximo quando as devotas saem, após a meia-noite, em cortejo para o Rio Maceió entoando louvores aos santos, para o banho purificar, na crendice de que, vendo o rosto no espelho da água, não morrerão, pelo menos, até o próximo São João.
Dados históricos "Bandeirinhas"
        É função nitidamente popular e consiste numa alegre patuscada de mulheres que se reúnem para festejar com dança, música e foguetório um santo patrono por elas escolhido. A reunião é feita, geralmente, em casa da responsável pela função.O folguedo das bandeirinhas surgiu, em Touros, há mais de um século, mas se consolidou sob a direção de Joana Pacheco, por volta de 1910. Nos anos vinte, Joana Pacheco passou a Francisca Conduru à responsabilidade de conduzir a função. A presidente seguinte Geracina Alsina do Nascimento, que assumiu o comando do folguedo por volta dos anos quarenta e permaneceu em sua presidência até sentir que já era hora de entregar o estandarte a uma mulher mais jovem. Então foi a vez de Josefa Odete de Melo, conhecida pelo apelido de Dona Finha, tomar conta de festejo. Em 1993, sentindo-se cansada, Dona Finha entrega o estandarte das bandeirinhas a Maria Inês, conhecida pela alcunha de “Nega”, que segue animando o folguedo até o presente.
        A turma das bandeirinhas sai às ruas de Touros após a meia noite. Suas participantes usam indumentária colorida e vistosa, e portam bandeiras e estandartes artisticamente bordados e decorados. Percorrem as ruas da cidade cantando toadas tradicionais e outras por elas próprias compostas. Apenas três vezes se apresentam durante o ano: às vésperas de São João, São Pedro e Sant’Ana.
        Enquanto esperam a hora aprazada para sair à rua levando seus pavilhões engrinaldados, as participantes do folguedo dançam entre si ao som de uma pequena orquestra de pau e corda ou de percussão, enquanto enchem-se de doces, salgados, sucos, refrigerantes e bebidas alcoólicas. À meia noite, horário de partir para a rua festejando o patrono do dia, já bastante “alegres” e aptas, portanto, a desempenhar sem inibição o seu papel de dançar executando singelas coreografias, todas as participantes se esbaldam em seus louvores e cantares.
        O folguedo das bandeirinhas não admite presença masculina em suas funções. Dessa forma, suas organizadoras e participantes sentem-se à vontade para se divertir, livres da censura de pais, filhos, maridos e conhecidos. Satisfeitas, desfilam empunhando seus estandartes, bandeiras e bandeirolas, cantando toadas de louvor ao santo festejado. Durante o cortejo pelas ruas da cidade, as pastoras se fazem acompanhadas de uma orquestra, que só as abandonam à beira do rio, ao término da função.
        Diante e atrás do séqüito das bandeirinhas seguem grupos de mulheres festeiras encarregadas de soltar fogos de artifício, pistolas e rojões, cuja finalidade principal é a de festejar o santo e ao mesmo tempo convocar as companheiras porventura ainda ausentes para o périplo pelas ruas da cidade até o final da função.
        O encerramento do folguedo é no “Maceió”, rio que banha a cidade. Ali as participantes livram-se de suas roupas festivas e se atiram às águas tépidas do “Maceió” para o tradicional banho coletivo, um banho lustral. A algazarra é ouvida a distância, já que as pastoras continuam cantando as toadas compostas em louvor ao santo que esteja homenageado.
        As bandeirinhas associam grande número de participantes de todas as idades. As aficionadas geralmente pertencem a antigas famílias tourenses. Atualmente, além de receber a orientação e o importante concurso de “Nega”, o folguedo das bandeirinhas também conta com a ativa participação de Maria Ester Néri, uma praieira das mais divertidas que lidera um grande número de amigas que primam por cultivar as tradições populares da cidade.
        As bandeirinhas, folguedo sem similar em parte alguma. Originou-se em Touros e ainda não foi imitado. Democráticas, as pastoras recebem em suas hostes a participação de mulheres de qualquer procedência ou idade. A única exigência é que sejam devotas de São João, São Pedro, e Sant’Ana, bebam, dancem, tenham juízo, sejam, discretas e animadas.
.:: LAPINHA
        Dança folclórica, criada em 1920, homenageia de forma singular o Natal do Menino Jesus.
.:: PASTORIL
        O Pastoril é uma representação dramática do nascimento de Cristo. Caracterizado pelas duas alas de pastoras, do cordão azul e o encarnado, são dirigidas pela mestra e pela contra-mestra. Além da Diana, alguns pastoris acrescentaram outros personagens, como a Borboleta, o Velho Joça, a Sambista e a Cigana.
.:: COCO-DE-RODA
        Dança tradicional dos pescadores o Coco de Roda (Bambelô e Zambê) - Numa roda, os participantes vão girando lentamente ao som das canções improvisadas pelo solista. Um ou mais dançarinos fazem coreografias no centro da roda. Estes elementos vão se revezando com os que formam um grande círculo. Observa-se forte apelo sensual nas coreografias.
.:: OUTROS GRUPOS DE DANÇAS
» Bando de Lampião
Grupo de dança de xaxado, formado por jovens da cidade, que fazem apresentações por todo o Estado.
Site: www.bandodelampiao.com
» Quadrilhas Estilizadas
Formado por um grupo de jovens que apresentam-se em várias cidades, e participam de competições.
.:: AS SETE MARAVILHAS
        Representa as sete belezas do município: o farol, o tourinho, os canhões, a praia, a igreja, os coqueirais e as dunas. Idealizada pelo poeta José Porto Filho, tradição de mais de 70 anos.

Culinária Regional

* Breve estaremos disponibilizando um conteúdo com fotos e receitas.
Doces caseiros, beleza, grude, raiva, bolo preto, etc.

Artesanato Regional

        O município possui um rico e variado artesanato lúdico, decorativo e utilitário. O artesão tourense produz e leva para as feiras municipais uma gama de produtos e utilidade geral. Peças de utilidade, como colhe de pau, peneira, urupema, abano, cesto, vassoura, gamela, pilão, corda, caçuá, esteira, capa de cangalha, panos bordados ou pintados, e artigos para consumo, como bolos, doses e licores. O artesão de Touros também produz e expõe à venda, produtos como rede de dormir, rede de pesca, tarrafa, landuá, samburá, covo, catraia, jangada, barco, etc. Em toda a produção artesanal do município destacam-se as rendas e bicos, produzidos em tradicionais almofadas de bilros, bordados de pontos mil, feitos em bastidores, e os labirintos confeccionados em grandes de madeira e sobre tecidos de bramante ou de linho.
        De aceitação universal, o labirinto, enredados por arabescos e filigranas, de incalculável perfeição artística, é o que constitui a principal especialidade da artesã tourense, a qual cultiva como atividade econômica ou ate mesmo como forma de matar o tempo enquanto aguarda que os homens da família regressem da faina diária da pesca, onde acreditam que exista sempre um perigo latente.
        A vida moderna tem afastado as mulheres e filhas de pescadores, labirinteiras por excelência, de sua antiga atividade. Dando preferência a atividades menos trabalhosas e mais lucrativas, vão contribuindo para a morte de um dos mais belos trabalhos artesanais de todos os tempos.
        No artesanato destacam-se trabalhos de bordado em labirinto (de origem desconhecido) - artigo considerado de alta qualidade e muito procurado por turistas, fabricação de bolsa de agave, redes de pesca e macramê, pintura, toalhas, cestaria, remédios caseiros.
        Destacam-se ainda trabalhos em artesanato marinho (búzios, conchas e pedras), e do coco (desde a raiz até as palhas sendo aproveitado tudo do coqueiro pelo artesão).
.:: JANGADA DE TOUROS
        Até os anos 70 o bucolismo e o primitivismo dominavam a paisagem tourense.
        Tanto as edificações quanto as jangadas se revestiam de características locais que vão aos poucos desaparecendo, substituídas por construções modernas e navegações cada vez maiores e seguras para melhor enfrentar a faina marítima.

.:: FILHOS ILUSTRES DA NOSSA TERRA
        Uma breve biografia de verdadeiros tourenses que marcaram a nossa história.
- Aguardem...

.:: NOSSAS MÚSICAS E HINOS

        Veja aqui algumas letras de músicas tradicionais e hinos.
MÚSICAS HINOS
» Hino do Bom Jesus
» Hino do Bicentenário
» Hino do Sesquicentenário

Bibliografia:
» SEBRAE/RN - PRODER - Diagnóstico e Plano Estratégico de desenvolvimento do Município de Touros/RN. 1999, 71p.
» PATRIOTA, Nilson - Touros: uma cidade do Brasil: Departamento E. de Imprensa. 2000, 476p.
» Site Oficial da Paróquia do Bom Jesus dos Navegantes - www.paroquiadetouros.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário