Quando os portugueses
chegaram ao Brasil em 1501, na expedição de Gaspar de Lemos deixaram
um marco colonial na praia do Marco, tomando posse da terra para
Portugal. Essa pedra, mais conhecida como Marco de Touros, é considerada
o monumento mais antigo do Brasil. Por possuir em suas faces a
Cruz da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, o Marco passou a ser considerado
como sagrado.
A DESCOBERTA DO MARCO DE TOUROS
O registro da descoberta do Marco de Touros foi feita pelo historiador pernambucano José de Vasconcelos, no final do século passado, em seu livro Dantas Célebres e fatos Notáveis da História do Brasil. Em 7 de agosto de 1928 os historiadores Luiz da Câmara Cascudo e Nestor dos Santos Lima, representando Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, visitaram o secular padrão na praia em que o mesmo foi chantado em 1501 pela expedição manuelina. Os dois historiadores além de tomar as medidas do referido marco, fizeram dele uma minuciosa descrição em relatório apresentado ao Instituto.
O registro da descoberta do Marco de Touros foi feita pelo historiador pernambucano José de Vasconcelos, no final do século passado, em seu livro Dantas Célebres e fatos Notáveis da História do Brasil. Em 7 de agosto de 1928 os historiadores Luiz da Câmara Cascudo e Nestor dos Santos Lima, representando Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, visitaram o secular padrão na praia em que o mesmo foi chantado em 1501 pela expedição manuelina. Os dois historiadores além de tomar as medidas do referido marco, fizeram dele uma minuciosa descrição em relatório apresentado ao Instituto.
Ocorreram casos
em que as pessoas, acreditando em suas propriedades miraculosas,
chegaram a tirar lascas para fazer chá, acreditando que o mesmo
iria se regenerar.
Em 27/08/28,
os historiadores Luiz da Câmara Cascudo e Nestor dos Santos Lima
viajaram ao município de Touros, a fim de ali conhecerem e identificarem
o Marco, que se achava localizado na Praia de mesmo nome.
O monumento encontrava-se
à distância de 200 a 300 metros do local de sua primitiva chantadura,
na posição geográfica representada pelas seguintes coordenadas:
35º48’30’’ de Longitude Oeste e 5º04’61’’
de Latitude Sul. No local onde foi encontrado o Marco, naquela ocasião,
os limites litorãneos pertencia aos municípios de Touros e João
Câmara. Hoje, com a emancipação de alguns municípios, faz limite
com os municípios de São Miguel do Gostoso e Pedra Grande. Em 1969,
o Marco foi considerado Monumento Nacional, sendo tombado pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.
O marco de touros,
o mais antigo padrão do Brasil, foi chantado em território
potiguar no dia 07 de agosto de 1501, pela expedição
portuguesa cujo comandante tanto ter sido André Gonçalves
quanto Gaspar de Lemos, ou mesmo outros dentre os vários
pilotos portugueses que faziam à linha das Índias.
Nessa expedição manuelina, viajava Amerigo Vespucci,
navegador florentino, a serviço do rei de Portugal, ocupando,
parece, a função de cartógrafo e astrônomo.
No marco não
figuram inscrição nem datas, porém numa das
faces de seu terço superior foi esculpido o relevo da cruz
da Ordem de Cristo. Logo abaixo se vê também a representação
das armas de D. Manuel, o Venturoso, rei de Portugal.
Os padrões
coloniais tipificam o domínio oficial da Coroa portuguesa
sobre suas colônias e possessões. Começaram
a ser utilizados em substituição às cruzes
tradicionais, feitas de madeira, usadas pelos navegadores portugueses
ao tempo em que os mesmo abriam o caninho marítimo para as
Índias. Em 1483, o navegador Diogo Cão, chantou o
primeiro marco português, feito de pedra, na foz do rio Zaire,
na África, dando início ao costume.
Segundo o saudoso
historiador Luiz da Câmara Cascudo, a Cruz de Cristo esculpida
no marco significa a autonomia do rei de Portugal sobre as terras
conquistadas para a difusão da fé cristã.
O registro da descoberta
do padrão colonial de Touros foi realizado pelo historiador
pernambucano José de Vasconcelos, no final do século
XIX, e consta de seu livro intitulado Dantas célebres e fatos
notáveis da História do Brasil.
Em 7 de agosto de
1928, os historiadores Luiz da Câmara Cascudo e Nestor dos
Santos Lima, representando o Instituto Histórico e Geográfico
do Rio Grande do Norte, visitaram o secular padrão na praia
em que o mesmo foi chantado pela expedição manuelinas
de 1501. Nessa ocasião tomaram-lhe as medidas e dele fizeram
uma completa descrição que apresentaram ao plenário
do Instituto.
Em janeiro de 1972,
foi realizada uma viagem de inspeção ao Marco de Touros
pelo representante Histórico e Artísticos Nacional
no Rio Grande do Norte, acadêmico Oswaldo de Souza, que constatou
se acharem danificados os dois tenentes ou testemunhas, padrões
menores que costumavam ser chamados juntamente com o principal.
Tomado e reconhecido
como Monumento Nacional, várias gestões foram feitas
junto à população daquele sítio (Praia
dos Marcos). Para que consentisse na transferência do Marco
para Natal, tendo em vista a própria segurança do
momento, já que no local se informava que o padrão
estaria sendo danificado por indivíduos crédulos convencidos
de ser o mesmo possuidor de propriedades milagrosas, pelo que viviam
a arrancar pequenos grânulos para com eles fabricar mesinhas
ou teriagas.
Finalmente em 1974 o marco de Touros foi conduzido para Natal,
encontrando-se atualmente na Fortaleza dos Reis Magos, de onde um
dia deverá voltar a seu lugar de origem, quando para tanto
houver condições.
O Marco de Touros tem sido descrito em minúcias pelos historiadores
norte-rio-grandenses, principalmente por Câmara Cascudo e
Olavo de Medeiros Filho.
Este
FAROL localizado na Ponta do Calcanhar “Esquina do
Brasil” contendo 62 metros de altura e seus 298 degraus.
Seu foco de luz chega a atingir 22 milhas náuticas
o que corresponde a 132 km de distância ao longo do
mar, iluminando aqueles que por ele navegam. Foi construído
no ano de 1908 e passou por uma reforma no ano de 1945 após
a 2ª Guerra Mundial e passou a servir também
aos aviadores com seu formato de Tronco Piramidal.
Sendo o maior em atividade do mundo, está no Guinness Book (livro dos recordes). Com uma vista panorâmica deslumbrante. E fica a 6Km do centro da cidade. Visitas: Sábados e domingos das 10:00h às 14:00h. |
Construída em 1800, ainda
conserva traços coloniais e abriga a imagem do Bom Jesus dos Navegantes,
mantêm a originalidade de seus traços.
Em 1º de janeiro é palco do mais belo movimento popular: a
procissão do Bom Jesus dos Navegantes, com visitas de fiéis e turistas
de praticamente todo estado.
Antiga Cruz Fronteiriço à Matriz do
Bom Jesus
Em fins
do século XVII para início do século
XVIII, dizia a população tourense (antigos
moradores), que as águas do mar quando subiam chegavam
até o patamar da Matriz que ainda estava em construção.
Os moradores locais se assustavam e não tinham meios
para impedir que as águas não viessem até o
patamar.
O Frei Serafim de Catânea
vindo de Caiçara do Norte para morar em Touros (hoje seus ossos estão
na cidade de Bom Conselho/PE, na Capela do Colégio das Irmãs
Franciscanas), sabendo da situação mandou buscar na Mata do Urubu
em Santa Luzia (distrito de Touros), madeira para construir uma cruz, e chanta-la
em frente à Matriz para afastar as águas.
“Por força da fé e providência
Divina as águas se afastaram”.
Saiba mais no site [www.paroquiadetouros.com.br] |
Esculpida em
madeira, tamanho natural, a imagem do Senhor Bom Jesus dos Navegantes,
padroeiro de Touros, é o que se pode definir com exemplo
de primor artístico da sacra beleza.
Pregado no madeiro,
o Cristo ali representado surge, aos nossos olhos, como que banhado
por uma intensa luz interior, a qual tanto Lhe realça as
dores do martírio quanto Lhe ameiga os traços fisionômicos
tomados pelo sofrimento da crucificação. A imagem,
desde que foi encontrada nas águas do rio que banha a cidade,
em fins do século XVIII, passou a representar o principal
motivo de adoração do povo tourense, espargindo
graça e proteção espiritual sobre o mesmo.
Todos os anos aumentam o numero de fiéis que chegam a
touros, vindos de várias do estado e do país, para
pagar promessas e pedir proteção ao padroeiro durante
os dias que Lhe são consagrados, num tocante testemunho
da fé e da esperança que alimentam a religiosidade
de nossa gente.
Saiba mais no site [www.paroquiadetouros.com.br]
Em 1856 a epidemia
da cólera morbo ceifou nada menos de um terço da população
da Vila de Touros. Tamanho foi o morticínio que a intendência
local precisou interditar o antigo cemitério, por superlotação,
cuidando da imediata construção de um outro que, por
sinal, deve ter contato com a ajuda do Governo da Província
para ser erigido. É o cemitério já desativado
da atual Av. Prefeito José Américo, constante do Relatório
de 1867 dirigido pelos intendentes da Vila ao poder provincial,
e do qual resultaria a lei nº 600, de 11 de junho daquele ano,
dispondo que, na aplicação da verba Obras Públicas,
o Presidente da Província levasse em consideração
a necessidades de se construir um cemitério novo na Vila
de Touros. Do cemitério velho, interdito após a epidemia
da cólera, restou na lembrança física do Cruzeiro
das Almas.
É a maior lagoa
de Touros, possui 8Km de extensão de águas cristalinas.
Foi erguido no
km 0 da BR-101, no qual existe uma praça onde encontra-se uma réplica
do Marco de Touros. Em volta do Marco há um espelho d’água
e em cima um arco. O projeto da praça foi do arquiteto Oscar Niemeyer.
Formação rochosa
que possivelmente deu origem ao nome da cidade. Existem ainda mais
dois conhecidos como:
Tourinho do meio,
situado próximo do principal e Tourinho da Ponta, que fica entre
os povoados de Carnaubinha e Perobas.
Numa imensidão
de praias paradisíacas no extenso litoral, praticamente virgens
de extensa beleza natural. Em que tem como fiéis vigilantes, seus
coqueirais de imensa beleza.
Eventos
Uma das festas
mais badaladas do Litiral Norte; entre os meses de fevereiro e março
a festa atrai foliões do município de diversas partes do estado.
O moderno carnaval
tourense, já muito concorrido, é realizado à
base de trio elétricos e muitos blocos desfilando a toda
hora pelas ruas repletas de foliões. Cremos que não
fica a dever aos carnavais atualmente organizados nas praias balneárias
ou de veraneio do litoral norte do Estado.
Festa tradicional
de grande impacto cultural do município que ocorre no dia
27 de março.
Bom Jesus dos Navegantes,
entre os dia de 22/12 a 02/01, com missas e procissão da imagem
até a Matriz. Que atrai centenas de fiéis e admiradores.
A festa do Bom
Jesus. Em Touros o ano velho se encerra e o ano novo se inicia sob
o impacto emocional das tradicionais festividades do Senhor Bom
Jesus dos Navegantes, orago da freguesia. Comparecem à festa
milhares de rameiros e visitantes que, durante o período
festivo rezam, entoam hinos e também se diverte em bares
e barracas, satisfeito de terem tido oportunidade de fazer ou pagar
suas promessas. Democraticamente, do alto do madeiro, a imagem do
Bom Jesus a tudo assiste e ainda protege e abençoa aos que
o louvam. Talvez por isso jamais aconteceu um crime digno deste
nome na cidade de Touros durante os festos do padroeiro.
No dia 31 de dezembro,
quando a cidade regurgita nas vozes de uma população
flutuante superior, quase sempre, à própria população
do lugar, o único espaço disponível para quem
deseja repouso e paz é a praia. Na praia se dormi, na praia
se come, na praia se namora, na praia se dança, na praia
se faz tudo, pois até banho de mar se toma na praia. É
a válvula de escape para curar o estresse de muitos dias
intensamente comemorados.
Há, sempre,
por toda parte, muita animação de rua e um intenso
foguetório no ar. Os dias de maior comparecimento aos festejos
são 31 de dezembro e 1º de janeiro. Mas o clima de festa
tem início com o novenário que antecede o clímax
das comemorações, e ainda continua depois do encerramento
da função sacra.
De Janeiro até
o carnaval.
Festas junina,
no período tradicional de Santo Antônio, São
João e São Pedro, quando o folguedo das Bandeirinhas,
composto só de mulheres, sai à rua.
Mas em torno das
poucas fogueiras que são acesas, realizam-se as clicas brincadeiras
juninas de adivinhação, e não faltam os tradicionais
compromissos de compadres, padrinhos e afilhados. Ano após
ano, porém, a antiga tradição junina vai caindo
ou sendo substituída por um novo tipo de comemoração
mundana.
Mas as quadrilhas,
matuta e outras já adaptadas à modernidade, continuam
sendo o forte das festividades durante todo o período junino,
juntamente com o pastoril.
Realizada no mês
de Agosto. Semana do folclore. Comemora-se, em touros, uma semana
do folclore, realizada com o patrocínio da prefeitura.
Durante a semana
do folclore são efetuadas apresentações públicas
de “baianas”, do coco-de-roda, das “maravilhas”
de Touros, do bumba-meu-boi e do pastoril. Também se realizava
um concurso para escolha do melhor repentista, ao qual compareciam
conhecidos cantadores. Os jovens poetas eram convidados para declamar
as suas poesias.
Bibliografia:
» SEBRAE/RN - PRODER - Diagnóstico e Plano Estratégico de desenvolvimento do Município de Touros/RN. 1999, 71p.
» PATRIOTA, Nilson - Touros: uma cidade do Brasil: Departamento E. de Imprensa. 2000, 476p.
» SEBRAE/RN - PRODER - Diagnóstico e Plano Estratégico de desenvolvimento do Município de Touros/RN. 1999, 71p.
» PATRIOTA, Nilson - Touros: uma cidade do Brasil: Departamento E. de Imprensa. 2000, 476p.
Nenhum comentário:
Postar um comentário