Em Touros, também
temos ainda as Bandeirinhas, folguedo que as devotas de São
João Batista, de São Pedro de Sant'Ana ainda conservam,
como no passado, com a graça e o encanto das coisas singelas
oriundas do povo. As Bandeirinhas é um folguedo folclórico
que se realiza nos meses de junho e julho.
(Com mais de um século de existência) formam um grupo folclórico
de senhoras idosas genuinamente de Touros. De origem religiosa,
consiste em uma saudação a São João, São Pedro e Sant'Ana. A festa
atinge seu ponto máximo quando as devotas saem, após a meia-noite,
em cortejo para o Rio Maceió entoando louvores aos santos, para
o banho purificar, na crendice de que, vendo o rosto no espelho
da água, não morrerão, pelo menos, até o próximo São João.
Dados históricos "Bandeirinhas"
É função
nitidamente popular e consiste numa alegre patuscada de mulheres
que se reúnem para festejar com dança, música
e foguetório um santo patrono por elas escolhido. A reunião
é feita, geralmente, em casa da responsável pela
função.O folguedo das bandeirinhas surgiu, em Touros,
há mais de um século, mas se consolidou sob a direção
de Joana Pacheco, por volta de 1910. Nos anos vinte, Joana Pacheco
passou a Francisca Conduru à responsabilidade de conduzir
a função. A presidente seguinte Geracina Alsina
do Nascimento, que assumiu o comando do folguedo por volta dos
anos quarenta e permaneceu em sua presidência até
sentir que já era hora de entregar o estandarte a uma mulher
mais jovem. Então foi a vez de Josefa Odete de Melo, conhecida
pelo apelido de Dona Finha, tomar conta de festejo. Em 1993, sentindo-se
cansada, Dona Finha entrega o estandarte das bandeirinhas a Maria
Inês, conhecida pela alcunha de “Nega”, que
segue animando o folguedo até o presente.
A turma das bandeirinhas
sai às ruas de Touros após a meia noite. Suas participantes
usam indumentária colorida e vistosa, e portam bandeiras
e estandartes artisticamente bordados e decorados. Percorrem as
ruas da cidade cantando toadas tradicionais e outras por elas
próprias compostas. Apenas três vezes se apresentam
durante o ano: às vésperas de São João,
São Pedro e Sant’Ana.
Enquanto esperam
a hora aprazada para sair à rua levando seus pavilhões
engrinaldados, as participantes do folguedo dançam entre
si ao som de uma pequena orquestra de pau e corda ou de percussão,
enquanto enchem-se de doces, salgados, sucos, refrigerantes e
bebidas alcoólicas. À meia noite, horário
de partir para a rua festejando o patrono do dia, já bastante
“alegres” e aptas, portanto, a desempenhar sem inibição
o seu papel de dançar executando singelas coreografias,
todas as participantes se esbaldam em seus louvores e cantares.
O folguedo das
bandeirinhas não admite presença masculina em suas
funções. Dessa forma, suas organizadoras e participantes
sentem-se à vontade para se divertir, livres da censura
de pais, filhos, maridos e conhecidos. Satisfeitas, desfilam empunhando
seus estandartes, bandeiras e bandeirolas, cantando toadas de
louvor ao santo festejado. Durante o cortejo pelas ruas da cidade,
as pastoras se fazem acompanhadas de uma orquestra, que só
as abandonam à beira do rio, ao término da função.
Diante e atrás
do séqüito das bandeirinhas seguem grupos de mulheres
festeiras encarregadas de soltar fogos de artifício, pistolas
e rojões, cuja finalidade principal é a de festejar
o santo e ao mesmo tempo convocar as companheiras porventura ainda
ausentes para o périplo pelas ruas da cidade até
o final da função.
O encerramento
do folguedo é no “Maceió”, rio que banha
a cidade. Ali as participantes livram-se de suas roupas festivas
e se atiram às águas tépidas do “Maceió”
para o tradicional banho coletivo, um banho lustral. A algazarra
é ouvida a distância, já que as pastoras continuam
cantando as toadas compostas em louvor ao santo que esteja homenageado.
As bandeirinhas
associam grande número de participantes de todas as idades.
As aficionadas geralmente pertencem a antigas famílias
tourenses. Atualmente, além de receber a orientação
e o importante concurso de “Nega”, o folguedo das
bandeirinhas também conta com a ativa participação
de Maria Ester Néri, uma praieira das mais divertidas que
lidera um grande número de amigas que primam por cultivar
as tradições populares da cidade.
As bandeirinhas,
folguedo sem similar em parte alguma. Originou-se em Touros e
ainda não foi imitado. Democráticas, as pastoras
recebem em suas hostes a participação de mulheres
de qualquer procedência ou idade. A única exigência
é que sejam devotas de São João, São
Pedro, e Sant’Ana, bebam, dancem, tenham juízo, sejam,
discretas e animadas.
Dança folclórica,
criada em 1920, homenageia de forma singular o Natal do Menino
Jesus.
O Pastoril é
uma representação dramática do nascimento
de Cristo. Caracterizado pelas duas alas de pastoras, do cordão
azul e o encarnado, são dirigidas pela mestra e pela contra-mestra.
Além da Diana, alguns pastoris acrescentaram outros personagens,
como a Borboleta, o Velho Joça, a Sambista e a Cigana.
Dança
tradicional dos pescadores o Coco de Roda (Bambelô
e Zambê) - Numa roda, os participantes vão girando
lentamente ao som das canções improvisadas pelo
solista. Um ou mais dançarinos fazem coreografias no centro
da roda. Estes elementos vão se revezando com os que formam
um grande círculo. Observa-se forte apelo sensual nas coreografias.
» Bando de Lampião
Grupo de dança de xaxado, formado por jovens da cidade, que fazem apresentações por todo o Estado.
Site: www.bandodelampiao.com
Grupo de dança de xaxado, formado por jovens da cidade, que fazem apresentações por todo o Estado.
Site: www.bandodelampiao.com
» Quadrilhas Estilizadas
Formado por um grupo de jovens que apresentam-se
em várias cidades, e participam de competições.
Representa as
sete belezas do município: o farol, o tourinho, os canhões,
a praia, a igreja, os coqueirais e as dunas. Idealizada pelo poeta
José Porto Filho, tradição de mais de 70
anos.
Culinária Regional
* Breve estaremos disponibilizando um conteúdo com
fotos e receitas.
Doces caseiros, beleza, grude, raiva, bolo preto, etc.
Artesanato Regional
O município
possui um rico e variado artesanato lúdico, decorativo
e utilitário. O artesão tourense produz e leva para
as feiras municipais uma gama de produtos e utilidade geral. Peças
de utilidade, como colhe de pau, peneira, urupema, abano, cesto,
vassoura, gamela, pilão, corda, caçuá, esteira,
capa de cangalha, panos bordados ou pintados, e artigos para consumo,
como bolos, doses e licores. O artesão de Touros também
produz e expõe à venda, produtos como rede de dormir,
rede de pesca, tarrafa, landuá, samburá, covo, catraia,
jangada, barco, etc. Em toda a produção artesanal
do município destacam-se as rendas e bicos, produzidos
em tradicionais almofadas de bilros, bordados de pontos mil, feitos
em bastidores, e os labirintos confeccionados em grandes de madeira
e sobre tecidos de bramante ou de linho.
De aceitação
universal, o labirinto, enredados por arabescos e filigranas,
de incalculável perfeição artística,
é o que constitui a principal especialidade da artesã
tourense, a qual cultiva como atividade econômica ou ate
mesmo como forma de matar o tempo enquanto aguarda que os homens
da família regressem da faina diária da pesca, onde
acreditam que exista sempre um perigo latente.
A vida moderna
tem afastado as mulheres e filhas de pescadores, labirinteiras
por excelência, de sua antiga atividade. Dando preferência
a atividades menos trabalhosas e mais lucrativas, vão contribuindo
para a morte de um dos mais belos trabalhos artesanais de todos
os tempos.
No artesanato
destacam-se trabalhos de bordado em labirinto (de origem desconhecido)
- artigo considerado de alta qualidade e muito procurado por turistas,
fabricação de bolsa de agave, redes de pesca e macramê, pintura,
toalhas, cestaria, remédios caseiros.
Destacam-se ainda
trabalhos em artesanato marinho (búzios, conchas e pedras), e
do coco (desde a raiz até as palhas sendo aproveitado tudo do
coqueiro pelo artesão).
Até os
anos 70 o bucolismo e o primitivismo dominavam a paisagem tourense.
Tanto as edificações
quanto as jangadas se revestiam de características locais
que vão aos poucos desaparecendo, substituídas por
construções modernas e navegações
cada vez maiores e seguras para melhor enfrentar a faina marítima.
Uma breve biografia
de verdadeiros tourenses que marcaram a nossa história.
- Aguardem...
Veja aqui algumas
letras de músicas tradicionais e hinos.
MÚSICAS | HINOS | ||||||
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Bibliografia:
» SEBRAE/RN - PRODER - Diagnóstico e Plano Estratégico de desenvolvimento do Município de Touros/RN. 1999, 71p.
» PATRIOTA, Nilson - Touros: uma cidade do Brasil: Departamento E. de Imprensa. 2000, 476p.
» Site Oficial da Paróquia do Bom Jesus dos Navegantes - www.paroquiadetouros.com.br
» SEBRAE/RN - PRODER - Diagnóstico e Plano Estratégico de desenvolvimento do Município de Touros/RN. 1999, 71p.
» PATRIOTA, Nilson - Touros: uma cidade do Brasil: Departamento E. de Imprensa. 2000, 476p.
» Site Oficial da Paróquia do Bom Jesus dos Navegantes - www.paroquiadetouros.com.br
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